BDMG estimula economia com mais de R$ 5 bilhões e promove inclusão socioeconômica

Nos últimos três anos e meio de gestão, banco de fomento investiu em empreendimentos inovadores e sustentáveis em todas as regiões do estado

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Ações e programas do BDMG estimularam cerca de 90 mil empregos em Minas nos últimos anos
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Presente em 85% dos municípios, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), nos últimos três anos e meio, retomou o seu papel de banco de fomento, investindo em projetos que contribuem para a redução das desigualdades regionais e para o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Entre outras iniciativas, criou linha para financiar empresas em regiões de baixo dinamismo, estimulou o financiamento às prefeituras de municípios menores, criou linha de crédito para impulsionar o empreendedorismo feminino e, ainda, ações que buscam a diversificação produtiva nas áreas de inovação e sustentabilidade.

Os resultados são expressivos, refletindo uma atuação estratégica que tem o objetivo de criar condições para o desenvolvimento em todas as regiões de Minas. O volume de recursos injetados na economia desde 2015 chegou a R$ 5,12 bilhões, gerando quase R$ 212,92 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e estimulando mais de 101 mil empregos.

A presença do banco nos 17 territórios de desenvolvimento se dá como parceiro das micro, pequenas, médias e grandes empresas, além das prefeituras. “Gostaria que o banco estivesse em 100% dos municípios, o que é muito difícil, dadas as características de Minas Gerais, com 853 municípios. Atualmente, aqueles que não atendemos são muito pequenos, com o comércio local ainda informal”, ressalta o presidente do BDMG, Marco Crocco.

Até o ano de 2014, a atuação do BDMG era baseada na busca do volume de recursos desembolsados e do número de clientes, sem orientação institucional para estratégias de desenvolvimento - diretriz típica de bancos comerciais. Com a chegada do atual Governo, em 2015, a atuação do banco tem sido direcionada para trabalhar como ator influente no desenvolvimento das regiões.

O presidente do BDMG, Marco Crocco - Crédito: Divulgação/BDMG

Uma série de medidas foi tomada para apoiar projetos que se traduzem na melhoria da competitividade do Estado e da sua reestruturação produtiva, seguindo as orientações governamentais. Com esse foco, foi definida a atuação de curto, médio e longo prazos para as áreas de sustentabilidade, agro, inovação e desenvolvimento regional e social.

Desenvolvimento regional e social

Pequenas empresas, relevantes na geração e manutenção de emprego e renda, ganharam atenção especial. O BDMG abriu condições especiais de crédito para este segmento e, desde 2015, foi desembolsado cerca de R$1,15 bilhão em financiamentos.

Nos municípios onde o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é igual ou menor do que a média do Estado, as micro e pequenas empresas possuem uma linha de crédito diferenciada, com juros mais baixos e prazos maiores. Trata-se do programa Geraminas Social, que, desde março de 2017, investiu R$ 29 milhões para a redução das desigualdades.

“Não adianta aplicarmos dinheiro apenas em regiões mais desenvolvidas. Toda a economia mineira tem de crescer e fazer com que as regiões menos desenvolvidas cresçam um pouco mais do que as desenvolvidas. Isso é feito de uma forma melhor quando se tem uma visão integrada de desenvolvimento”, argumenta o presidente Marco Crocco.

Mulheres priorizadas

Atento à sua missão como banco de desenvolvimento, o BDMG inovou também ao abrir uma linha de crédito específica para empresas controladas por mulheres. Segundo o presidente, é uma política de equidade, pois vários estudos mostram que, em pequenos negócios, atividades gerenciadas por mulheres apresentam resultados econômicos melhores. Foram desembolsados R$ 8,3 milhões para 249 empresas com este perfil.

Crocco cita o exemplo do bem-sucedido microcrédito criado em Bangladesh pelo economista Muhammad Yunus e direcionado às mulheres. Lembra também o Bolsa Família, cujos recursos também são entregues à mulher, que se mostra mais cuidadosa com o dinheiro.

“Do ponto de vista bancário é uma ótima estratégia criar uma política pró-equidade. Existe um problema de discriminação de gênero, e estamos fazendo política de empoderamento da mulher dentro da sociedade mineira”, relata o presidente do banco.

Números do BDMG apontam que, no Estado, 54% dos mineiros são mulheres e que a proporção de microempreendedores, entre homens e mulheres, cai para quase 20%. O banco de fomento aposta numa política bancária com mais segurança e numa inadimplência menor, porque as taxas do financiamento também serão menores.

Prefeituras e hospitais filantrópicos

A infraestrutura dos municípios também está na pauta social do BDMG. Desde 2015, foram R$ 476 milhões destinados às prefeituras mineiras para realização de investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos, em obras de edificações municipais, iluminação pública, mobilidade e drenagem urbana, água, esgoto, gestão de resíduos sólidos, dentre outros. Mais de 68% do total financiado às prefeituras foram destinados à mobilidade e drenagem urbana.

“É uma política muito clara para empréstimos aos municípios. Nesse caso, temos atuação e preocupação em garantir que municípios pequenos possam ter acesso aos recursos porque é na economia local que se estabelece a dinâmica. Então, em nossos editais, garantimos que cerca de 70% dos municípios que acessam o financiamento tenham menos de 50 mil habitantes”

Marco Crocco, presidente do BDMG


Outra ação inédita até então é o Programa de Financiamento a Hospitais Filantrópicos. Desde 2016, o BDMG liberou R$ 58,3 milhões a instituições prestadoras de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para promover a reestruturação financeira.

Sustentabilidade e inovação

O BDMG entende sustentabilidade em três dimensões: preservação do meio ambiente, inclusão social e possibilidade de desenvolvimento de novos setores, novos negócios e novas tecnologias. “O banco olha a pauta de sustentabilidade não apenas como preservação, mas como pauta de desenvolvimento econômico como um todo”, comenta Crocco.

Banco apoia investimentos com sustentabilidade, como a energia fotovoltaica - Crédito: Marcelo Sant'Anna/Imprensa MG

O volume de recursos investidos em sustentabilidade chegou a R$ 274 milhões para financiar projetos de energia renovável, economia de baixo carbono, eficiência energética, tratamento de resíduos industriais, redução da poluição ambiental e outras frentes.

Dentro dessa linha há destaque, por exemplo, para o financiamento de táxis híbridos a empresas permissionárias da BHTrans, em Belo Horizonte, que circulam por toda a cidade. O desembolso chegou a R$ 8,3 milhões. Os veículos são movidos a gasolina e energia elétrica, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera.

A área de biotecnologia -- destaque em Minas Gerais -- é mais um alvo de atenção do banco, assim como um projeto-piloto de energia fotovoltaica, que poderá ganhar mais velocidade no seu crescimento com a injeção de mais recursos.

Agro

Não por acaso, o segmento agro ganhou atenção especial do BDMG, com desembolsos de R$ 977,5 milhões desde 2015. Entre as principais cadeias produtivas, o destaque ficou com o leite, a cana e o café.

Em razão da importância do setor cafeeiro, o BDMG atuou nesses três anos para incrementar a utilização do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e alcançou um valor recorde: R$ 363 milhões desembolsados para apoiar a estocagem, a aquisição de café e capital de giro no período.

E não é só na lavoura que o banco investe. “Estamos ainda com uma linha específica de crédito para o Geraminas Pecuária - Programa de Incentivo à Tecnologia e Desenvolvimento de Melhoramento Genético, voltado para touros selecionados que vão melhorar o perfil da pecuária no Estado”, complementa Crocco.

Inovação

O financiamento de projetos inovadores também ganhou espaço no BDMG com a soma de R$ 192 milhões nesses últimos anos. O banco também atua em Fundos de Investimentos em Participações (FIP), viabilizando empresas com alto potencial de inovação que não encontram no crédito tradicional a condição ideal para desenvolver suas atividades.

Economia criativa e a cultura

Para o BDMG, a cultura é elemento fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade. Com esse olhar mais amplo, o banco passou a atuar no financiamento da economia criativa, considerado um importante setor em Minas Gerais com potencial cultural. Foram disponibilizados R$ 2,3 milhões pela linha Minas Criativa, reforçando o papel do BDMG no desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais.



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